Experiências parapsíquicas sempre foram um tema filosófico estranho. Há muitas evidências da associação dos primeiros filósofos, de Parmênides e Empédocles a Sócrates e Platão, aos Mistérios, que significam iniciação parapsíquica. No entanto, Platão classificou as práticas parapsíquicas na esfera da crença (doxa) e não da ciência (episteme). Desde então, o campo parapsíquico tende a ser considerado irracional, e mesmo logicamente impossível. Mas não exatamente um assunto esquecido. Muitos filósofos o abordaram, apontando o problema do parapsíquico como um tema racional, positiva ou negativamente. Mas isso não faz parte da história da filosofia. Para apresentar evidências dessa história não contada, serão apresentadas duas listas: os filósofos parapsiquistas, que fizeram filosofia parapsíquica, e os filósofos parapsíquicos, que tiveram experiências parapsíquicas. Existe intersecção entre os dois grupos. Os objetivos são sugerir um novo campo de estudo, ou seja, a filosofia parapsíquica, e reconhecer o esforço daqueles que ousaram resistir ao mainstream do pensamento filosófico de seu tempo.
Interparadigmas Alexandre Zaslavsky Ano 5 - N. 5: Precursores Interparadigmáticos (2017)